quarta-feira, maio 20, 2015

Hoje

Vivo no Presente.

Sou. Existo. Sinto.
Mas já fui. Já existi. Já senti.

O Presente é a altura certa para tudo. Para todas as decisões e escolhas. Para todos os caminhos, trilhos e percursos. É no Presente que estamos. É o agora. É no Presente que decidimos. O Passado já foi vivido, não podemos alterá-lo. E o Futuro ainda falta acontecer. Sabe Deus o que irá acontecer.

Então por que motivo vivemos tão agarrados ao Passado e com tanto medo do Futuro?
Sou o que sou graças ao meu Passado. No entanto, não posso deixar que ele me condicione?? Como?

Felizmente, não conheço rancor. Não guardo as coisas más. Às vezes sinto que nem aconteceram como se fossem apenas a memória de um sonho.
Mas espero (desejo e anseio) ter aprendido. Porque as lições do Passado são os conselhos do Futuro. E talvez o segredo seja apenas guardar as coisas boas. É pelo bem que crescemos, aprendemos e nos curamos.

Vivo no Presente. E no Presente tenho comigo todas as memórias boas que me trouxeram até aqui.

Que venha o Futuro.




segunda-feira, maio 11, 2015

Grata

Obrigada.

É o que de mais importante posso dizer. Obrigada.

Nem sempre foi assim. Nem sempre o senti. Nem sempre achei que devia agradecer. Nem sempre me senti obrigada. Demorei a chegar aqui, mas agora já cá estou. Obrigada. Mil vezes obrigada.

Quando agora olho para trás não vejo o mesmo que via nem há 7 anos, nem há um ano... nem há um mês, se pensar bem. Os factos são os mesmos. Nada mudou. E no entanto, hoje tudo é diferente.

Sete anos. Sete. Eram precisos tantos? Porquê? Para quê? Bolas, para estas ainda não tenho respostas. E eu que gosto tanto de ter resposta para tudo...

Uma coisa sei. Tinha que ser assim. Foram esses sete anos que me trouxeram aqui, contribuíram para aquilo que sou hoje (com tudo de bom e de mau que isso tem). Foram esses sete anos que me deram tanto para depois me tirar ... tanto também.

Aprendi. Aprendi que não posso, não quero e não vou mudar a minha essência. Por nada. Por ninguém.
Aprendi. Aprendi que consigo estar sozinha. Que sou capaz de me sentar, no meu sofá, no silêncio da minha casa e... não sentir falta de nada.
Aprendi. Aprendi que não faz mal ter medo. Porque o medo move-nos. Faz-nos correr.
Aprendi. Aprendi que tenho valor. Que gostam de mim. Que sou boa companhia e que os amigos estão sempre lá.
Aprendi. Aprendi que não basta amar. É preciso ser amada. É preciso sentir-me amada.

Aprendi? Ou recordei?

Porque alguém me disse:
"Quando te lembrares de como é bom seres tu mesma... nunca mais vais querer voltar atrás."

E foi verdade.