Não soube quando eram exames e ecografias. Não perguntei uma única vez se estava tudo bem. Não fiz uma festa na barriga. Não torci para ser menino ou menina. Não comprei uma única peça de roupa ou lembrança. Não tive vontade de o fazer nem vontade de fingir.
Passaram nove meses e o bebé nasceu. Não fui vê-lo à maternidade. Não liguei no próprio dia a dar os parabéns. Mas uns dias depois fui vê-lo a casa...

Como é possível amar-se de imediato um ser que nunca vimos? Como?
Não sei como, mas é possível.
O meu sobrinho é a luz dos meus olhos e o amor da minha vida. De certo veio ao mundo para ser feliz e fazer-nos felizes. Mas talvez tenha vindo também para me ensinar algo. Lição aprendida, Leo.