segunda-feira, dezembro 29, 2008

Alguém me explica...

...Por que é que há coisas que não esquecemos jamais e outras de que não nos lembramos nunca?

Como é que fazemos para guardar na memória momentos da nossa infância quando nos esquecemos com facilidade do que almoçamos ontem ou da reunião marcada para hoje de manhã?

É engraçado. Tenho comigo memórias que me transportam. Lembro-me de dias, horas, roupas, cheiros e locais. Lembro-me do que fiz antes e do que acabei por fazer depois. Lembro-me do local exacto onde estava e da posição em que me encontrava. Lembro-me do estado de espírito, da alegria ou da tristeza. Recordo-me como se fosse hoje. Tenho muitas destas memórias. E nem todas reportam a algo mt grandioso. Às vezes são apenas momentos, situações que à partida me podiam ter passado ao lado. Mas não passaram.

E ainda assim... nunca sei onde tenhos as chaves, perco os cartões de estacionamento, não me lembro de nada e perco tudo.

Extraordinário!

quarta-feira, dezembro 24, 2008

É Natal



O Natal é o meu dia preferido do ano.

Gosto de magia e o Natal é mágico. Acho que este gosto explica o porquê de sempre ter adorado a Alice no país das Maravilhas ou de delirar com os livros de Harry Potter!

Consigo facilmente transportar-me para ambientes mágicos, de fantasia. Acho mesmo que seria mais feliz num mundo onde os gatos desaparecem, os coelhos andam agitados de relógio de bolso na mão e os cogumelos fazem-nos mudar de tamanho. Sinto que seria uma Alice às mil maravilhas.

Bem sei que o Natal está desvirtuado. O pai Natal é vermelho por causa da Coca-cola. Melhor prova não existe para demonstrar o lado comercial desta época festiva. Mas muito sinceramente: não me interessa. Para mim o Natal continua a ser mágico. Que me interessa que digam: ah, mas hoje as pessoas só pensam em consumir, o Natal serve apenas para trocar prendas mesmo que sem sentido. Não me interessa nada!! Para mim, o Natal continua a ser o dia mais lindo do ano. Aquele em que a mesa está enfeitada com decorações que transmitem brilho e alegria, em que a lareira está acesa o dia inteiro e as luzes da árvore piscam com um brilho especial. Adoro o Natal.

Sei que vai ter ainda mais sentido quando na minha vida entrarem crianças :) Vou fazer de tudo para que, como eu, vibrem com a magia do Natal.

ADORO O NATAL!! Feliz Natal a todos. Deixem que a magia entre no vosso coração e tome conta do vosso espírito. É tão bom :)

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Bush, mestre da finta

Não percebo porquê tanto alarido à volta do sapato atirado ao Bush. Já todos sabíamos que ele era bom a esgueirar-se!

2009...

... Vai ser o meu ano!!!

Sementes

Há quem deixe em nós sementes. Mascaradas de frases banais, de comentários corriqueiros, ditos sem segundas intenções, são no fundo uma das maiores forças que se pode exercer sobre outra pessoa: a influência.

Não sei se sou particularmente permeável à influência dos outros. Mas há assuntos que encontram em mim terreno fértil. Fica a semente. Pequena. Quase invisível. E sem grande importância, só por si. Mas encontradas as condições ideais... acomoda-se, vai crescendo... desenvolve-se... e tantas vezes... mas tantas vezes... toma conta de mim!!! Os meus pensamentos ficam dominados. Não penso noutra coisa. Durante o dia lembro-me disso. À noite ocupa os meus sonhos. E fico quase obcecada. Procuro informação, pesquiso tudo o que há para pesquisar, arranjo contactos, decido que me vou inteirar do assunto e fazer qualquer coisa. Mas não faço. E parto para outra.

E é assim que vou deixando vazios na minha vida. Questões a que nunca consegui responder. Não porque a resposta não esteja disponível mas porque à ultima da hora, no momento derradeiro, não dou o passo final e decisivo.

Passaram pela minha vida duas ou três pessoas que me abalaram, apesar de quase não as conhecer. Olharam para mim e dizendo-me que sou especial fizeram um retrato tão exacto daquilo que sou que chegou a assustar-me. Porque eram pessoas distantes de mim, que não tinham como saber aquelas coisas. Não podiam dizer aquilo que guardei para mim e não contei a ninguém. Mas disseram-no. E eu, curiosa, movida pela semente que deixaram em mim, pesquisei. Quis saber a origem daquilo e procurei explicações partindo do pouco que partilharam comigo. Mas depois... tive receio e desisti.

Mas ficou a semente. E mais uma questão sem resposta.

Olhando para trás, todas as questões andam à volta do mesmo.

Acho que estou cada vez mais preparada para encontrar as respostas. Sei que estão dentro de mim. Mas sei que não consigo encontrá-las sem ajuda.

Aldinha, também deixaste em mim uma semente :)

terça-feira, outubro 28, 2008

...

2008 está a ser o ano mais difícil da minha vida!

sexta-feira, outubro 17, 2008

Sem força

Hoje baixei os braços, desisti, fiquei imóvel percebendo que não vale a pena. Percebendo que o pior surdo é aquele que não quer ouvir. Que de nada adianta ter razão se ela não for reconhecida. Que remar contra a maré é perda de tempo. Que o nosso valor de nada serve se outro não encontrar em nós mérito. Que as palavras que tanta força têm conseguem, por vezes, e mesmo que proferidas com garra, mesmo que gritadas até, o feito de não surtir efeito algum.

E eu... por tolice... oiço tudo, mesmo o que não devia. Reconheço razão a quem não a tem, depois de me meter no seu lugar. Não sou maré contrária e quando sou tento não ser. Procuro o valor de cada um nas mais pequenas coisas que nos distinguem a todos. Magoo-me com as palavras, sinto-as como se me marcassem a pele e a alma.

Ando mesmo às avessas do mundo... E como isso me faz mal.

segunda-feira, julho 14, 2008

Vivemos separados

Sempre achei que sabia perder. Mas afinal nao sei.
Odeio o vazio deixado por algue'm que aqui esteve, riu, gritou, cantou, sentiu... e agora esta, ri, canta, sente noutro lugar qualquer. Mesmo que regresse para estar, rir, gritar, cantar, sentir. Mesmo que so' o faça verdadeiramente aqui. Mesmo que esteja, ria, grite, cante e sinta de outra maneira, noutro local. Porque e' assim. Porque queremos estar, rir, gritar, cantar, sentir o que nos apetece mas nao podemos.

Passamos tanto tempo com estranhos. Mas nunca os conhecemos. E tantas vezes quem conhecemos se torna um estranho. Simplesmente porque estamos, rimos, gritamos, cantamos e sentimos nao o que queremos nem com queremos.

quarta-feira, julho 09, 2008

Em banho maria

Sinto que nao estou bem nem estou mal... Nem e' carne nem e' peixe...
Deve ser castigo para algue'm que odeia indecisoes, du'vidas e indefiniçoes. Deve ser mais uma liçao desta vida que escolheu usar sempre os meus medos, o'dios e dificuldades para me mostrar que estou errada. Tenho aprendido mas desta vez esta' dif'cil perceber.

Deve haver alguma mensagem que me esta' escapar. Algum traço mais leve escondido no papel amarrotado do recadinho que recebi e que por pensar que nao era importante... amachuquei e deitei fora.

Sinto que tudo me esta' a escapar. Nunca a imagem da areia que escorre por entre os dedos fez tanto sentido...