terça-feira, novembro 27, 2018

Instantes

«Deus está nos pormenores».

A frase que me acompanha, ouvi-a pela primeira vez da boca de um ateu. Guardei-a na memória e apoderei-me dela.

Deus, o Meu Deus, símbolo máximo do Amor, da Alegria, da Luz, está, de facto, nos pormenores. É neles que residem aqueles minutos de alegria em que a felicidade nos atinge. Porque é assim que somos felizes - pela soma de pequenos instantes em que nos ligamos à nossa verdadeira essência...

Pormenores que fazem a diferença e são... mesmo... DEUS.

O agnóstico é incompreendido.
Não chega dizer que não aceita nem duvida da existência de Deus. Isso seria uma posição de quase indiferença, como a de quem nunca pensou no assunto. É o oposto.
O agnóstico não só pensou no assunto como quase sempre o fez mais do que o céptico ou o dogmático. Um que nega sem espaço para discussão. Outro que aceita sem questionar.

O agnóstico pensou, estudou, procurou, questionou. E sentindo que o importante é invisível aos olhos, não entrega aos Homens a capacidade de explicar e ditar o Divino. Sente-o. Não o explica. Nem procura explicar.

Deus, o meu Deus, manifesta-se todos os dias diante de mim. E sempre que o sinto, agarro-me à alegria que me traz.


Vivo de instantes, pequenos segundos.... Onde me encontro e sou, aí sim, Eu.


sábado, novembro 10, 2018

Medo ou Fé

«Não importa o que decides».

Estava ali. Escrito com todas as letras para que dúvidas não restassem.

«A verdade contida na natureza paradoxal do dualismo é esta: Não é O QUE escolhemos que importa; o nosso poder para influenciar um resultado está nas nossas razões para fazer determinada escolha».

Li. Voltei atrás.

Sentei-me direitinha na toalha, qual menina que ouve a lição.
Então: Não importa o que decides? Mas como? Como?

O que importa mesmo, o que determina se é certa ou errada a tua escolha, nada tem a ver com a escolha em si. O que realmente importa é a motivação por detrás da escolha.

Voltei a endireitar as costas. Tinha que estar atenta.
Um princípio tão simples e tão básico. Tão óbvio e ao mesmo tempo contraditório ao que sabia.

"O desafio está em perceber a motivação da nossa escolha. Percebendo as nossas motivações, aprendemos acerca do conteúdo do nosso espírito. Estamos inundados de medo, ou estamos inundados de fé? Cada escolha que fazemos contém a energia quer de medo ou de fé e o resultado será reflexo dessa energia".

Hoje sei que não aprendemos,  recordamos.  E esta lição quero que seja recordada por todas as células do meu ser.

Todas as decisões, das mais pequenas às maiores, das mais inconscientes às mais reflectidas, devem ser tomadas com a fé de que esse é o caminho, de que nos faz e sabe bem, e nunca por medo do que desconhecemos ou do que possamos perder com essa decisão.

Nada, absolutamente nada, é aleatório.
E cada escolha feita por fé tem o poder total e absoluto da verdadeira criação e mudança.

Reflicto e aceito.
Escolho a fé.