quarta-feira, junho 28, 2017

Não temas

É medo? Que sentes? 
Quando te lembras? De como sem esperar podes de repente encontrar no caminho aquilo que mais evitas?

Medo. Do que sentiste (e podes voltar a sentir) se de repente essa força que finges tão bem desapareça no momento em que desapareça também a distância de que se alimenta?

Medo. De não te sentires capaz de lutar contra o que o teu coração pede, a tua alma recorda e a tua cabeça contraria?

Medo. De perceberes que estás errado. Que tudo aquilo em que acreditas é um castelo de cartas que insistes em fazer crescer sem perceber que apenas mais uma carta o fará ruir?

Medo. Sim. É medo.


Suspeito que saibas já. Que a força que tens é trança de Sansão e a lâmina afiada do destino aguarda pacientemente.