quarta-feira, outubro 25, 2006

Aznar, Grande maluco


IN Correio da Manhã

José María Aznar, ex-primeiro-ministro de Espanha, surpreendeu tudo e todos ao meter uma caneta no ‘top’ de Marta Nebot, repóreter do ‘Noche Hache’, do canal espanhol Quatro, quando esta lhe fazia uma pergunta. O episódio ocorreu, na segunda-feira, durante a apresentação de um livro do ex-presidente colombiano, Andrés Pastrana, na Casa de Américas, em Madrid.




Nebot pediu a Aznar que assinasse o seu exemplar. Depois, a repórter dirigiu uma pergunta ao ex-chefe do governo espanhol, mas não ouviu resposta. O conselheiro de Rupert Murdoch, sorrindo, preferiu introduzir uma esferográfica no top da jornalista, virando-lhe as costas

Surpreendida, enquanto Aznar se afastava, ainda sorridente, Nebot virou-se para a câmara e afirmou: “Ele colocou-me a caneta pelo decote e eu não sei como encará-lo.”

sexta-feira, outubro 20, 2006

João Paulo II Superstar

Ah pois é, bebé!!! Então não é que João Paulo II, depois de morto, vai ser estrela de cinema?

"Ninguém espera que o filme tome o lugar de "Cinderela" ou "Alice no País das Maravilhas", mas o Vaticano recorreu a pombos e uma caneta falante num desenho animado que acaba de lançar para ensinar às crianças sobre a vida do falecido papa João Paulo 2o.
Intitulado "João Paulo 2o, O Amigo da Humanidade", o filme foi lançado na terça-feira numa coletiva de imprensa. Os seus produtores esperam que se torne um grande sucesso na temporada natalina que se aproxima. "A ideia foi apresentar o lado humano de João Paulo, como a melhor maneira de aproximá-lo das crianças e das famílias", disse o artista de animação espanhol J.L. Lopez-Guardia, que atende pelo pseudónimo profissional de Cavin Cooper."

IN /www.swissinfo.org/por/

segunda-feira, agosto 21, 2006

Estou de olhos em bico

Fiquei muito admirada com esta notícia:

"Crescimento exponencial desde 1985
Obesidade infantil aumenta entre os rapazes chineses
21.08.2006 - 11h35 AFP, Lusa

Quase um quarto dos rapazes chineses de entre sete e 18 anos de idade que vivem em centros urbanos sofre de obesidade, de acordo com o Ministério da Educação da China. Em 1985, apenas 0,2 por cento destes jovens tinham excesso de peso.

Os dados do Ministério da Educação, baseados num inquérito a 400 mil estudantes de todo o país, revelam que a obesidade entre os rapazes urbanos é cem vezes mais comum hoje do que em 1985. (...)"

Sempre tive a ideia de que se havia povo elegante era o chinês. Mas pelos vistos nem esta sacrossanta verdade me resta :) Na China também há fast-food e eu é que não queria aceitar

sexta-feira, agosto 18, 2006

Como vai o jornalismo em Portugal

Eu ainda sou do tempo em que nas faculdades de jornalismo se diziam frases como "separar o essencial do acessório", "distinguir interesse público de interesse DO público" e "procurar a impossível objectividade"... Mas isso já foi, possivelmente, há mais de duas semanas e ninguém se recorda do que fez ontem, quanto mais há duas semanas...

Jornal 24 Horas by Bruno Nogueira

É pá... não tenho palavras. O bruno usou-as todas... e bem!


«Merche Romero, a triste história
"Merche mandou tirar bidé da casa nova", é esta a notícia que abala país e meio.A bomba é lançada pelo "jornal" 24 Horas, e o choque, é imediato.Ainda o país não se encostou com o terror dos fogos já está a acordar com outra bomba.A pior de todas.O 24 Horas, sempre pioneiro em informações essenciais a quem não precisa delas, conseguiu que uma fonte lhe sussurasse isso ao ouvido.A questão é: que tipo de fonte sabe de movimentações de bidés de famosos?Resposta: Uma fonte que está destacada só para saber de movimentações suspeitas de bidés de famosos.A malta dos bidés é uma malta que não brinca.Já os bidés da alta roda são de uma maldade como poucos conhecem.Ninguém dá por eles, mas o que é certo é que quando menos se espera, vai um bidé para o meio da Almirante Reis e faz-se explodir.Não brincam, têm a escola toda.E nem vou falar de piaçabas, senão não saíamos daquiO bidé de Merche, que estava certamente para aprontar das dele, não foi excepção.Pedro Tadeu, director deste nome maior da informação, concluíu então, num rasgo de génio, que esta notícia deveria ser tema de capa da edição de hoje do "jornal".Espertíssimo.Deu assim, antes que fosse tarde, uma notícia que pode ajudar a encontrar o paradeiro do mesmo e devolvê-lo às autoridades locais.Estamos a falar de um bidé que já deve ter aconchegado vezes sem conta o rabinho de Merche e Ronaldo, ainda que em alturas diferentes.Pedro Tadeu, sentado na sua secretária cor de rosa, terá pensado: "então mas isto anda tudo maluco? então vai-me tirar um bidé tão fino e nem uma conferência de imprensa? Ela já vai ver o que é bom para não ter a mania que faz coisas alternativas na casa-de-banho dela."Foi reposta a verdade.Qualquer outro jornal deixaria esta informação passar ao lado. Este não.Este não dorme.Este achou que, de entre tudo o que se passou no dia 16 de Agosto de 2006 em Portugal, o bidé de Merche Romero foi o mais alarmante.E gritou isso ao mundo. »

sexta-feira, julho 28, 2006

A lista Negra

Parece que quem deve ao fisco vai ver o seu nome denegrido na praça pública.
O nosso caro ministro das finanças correu a anunciar, numa daquelas conferências feitas a pensar no jornal da noite, que quem já foi notificado pelo fiscoe não pagou pode ver o seu nome na famosa lista negra. Mas não anunciou que muitas pessoas foram notificadas fora de horas.

Dou como exemplo o meu caso. Recebi, no passado dia 22, sábado, uma carta registada, avisando-me que este ano tinha que pagar IRS. Tudo bem. Já estava à espera. O curioso é a mesma carta avisava que eu devia pagar até dia 20... ora... isso foi dois dias antes de ter recebido a carta.
Acontece que durante a semana que se segiu não pude ir às finanças porque... enfim... trabalho.... e já não posso pagar por multibanco porque o prazo já passou.... Giro, não é?

Acho que deviam ter anunciado que os devedores farão parte da lista negra, tal como todos aqueles que não prevêm o futuro.

quinta-feira, junho 08, 2006

Educação a mais

Vi ontem na edição on-line do Público que o Estado pretende congelar o número de vagas no ensino superior público (à excepção de Medicina e Enfermagem) e cancelar o apoio a cursos pouco frequentados. Parece que o nosso Governo está preocupado com o desequilíbrio criado pelo excesso de licenciados face às necessidades e condições económicas actuais do país. Ao mesmo tempo evita, como dizia a notícia, "desperdícios".

É pá... parece legítimo. Eu também sou da opinião que temos demasiados licenciados e poucos técnicos, que é absurdo (e um negócio) que uma faculdade (só uma) licencie por ano 500 advogados, por exemplo, ou que outra aceite alguém com média negativa...

Mas depois começo a pensar: Então e o ensino superior privado?! Pois... não havia qualquer referência ao ensino privado. Como se os licenciados pelo ensino privado não contassem para engrossar a lista de jovens de canudo numa mão e classificados na outra.

E é aí que se faz luz na minha lenta cabecinha. Mas qual preocupação com equilíbrios ou desiquilíbrios no mercado?! O problema é de orçamento. Mais um corte, basicamente. E não digo que seja correcto ou incorrecto. Mas não é assumido nas suas verdadeiras intenções e além disso é parcial. De certeza que o poder do ministério da educação face às universidades privadas não se resume à aprovação de currículos lectivos... Se elas existem, se dão as mesmas garantias (a um preço mais alto) aos alunos, por que motivo não devem fazer parte desta medida?

Eu não sei. Mas gostava de saber.

terça-feira, junho 06, 2006

Negócios....

Conhecem alguém que vá ao restaurante chinês comprar cadeiras? Eu fui! Quatro por 20 euros. Ah pois é...
Acho que foram roídas pelos ratos lolololol

Alguém me diz...

Por favor... porque é que a nossa selecção joga de preto?
Não consigo perceber e gostava mt de compreender esta escolha. Ajudem-me!! Peço-vos!!!

quinta-feira, junho 01, 2006

Código Da Vinci

Fui ver o filme. Por favor, quem é que é capaz de dizer que é mau? É um bom filme, quer se goste ou não do estilo do Dan Brown. E aliás, é graças a esse estilo que o filme prende (tal como fazia o livro).

Li o livro e ASSUMO que gostei. Pode não estar escrito com pena de ouro mas a narrativa é acessível, interessante e viciante. Vá: chamem- me inculta!

quarta-feira, maio 31, 2006

Comportamentos de grupo ou Efeito Manada

O ser humano é bastante perigoso, sobretudo em grupo. O efeito que produz na nossa cabeça o facto de saber que está em superioridade numérica é extraordinário. O comportamento em massa é um facto documentado e permite perceber que uma multidão é responsável por actos que nenhum dos seus membros, individualmente, alguma vez pensariam levar a cabo. E não é só porque sozinhos não o conseguissem. É porque pura e simplesmente não pensariam nisso ou até mesmo recusariam moralmente esses comportamentos.
E quando a isto se junta a paixão, por exemplo, pelo futebol... chega a ser assustador! Correndo o risco de ser crucificada: não suporto claques desportivas. E não faço distinções. São todas iguais... Até pode lá andar um ou dois ferverosos adeptos que não passam disso mesmo: de ferverosos adeptos. Mas a maioria, mais do que amar o seu clube, odeia o clube dos outros.

O espírito das claques desportivas está completamente corrompido.

segunda-feira, maio 22, 2006

Estamos nas mãos do Oriente

Na sic notícias está a ser debatida a inevitabilidade (ou não) do recurso à energia nuclear. Apesar de se falar tanto sobre os benefícios/custos que a independência energética face ao petróleo poderia trazer por recurso ao nuclear, não tenho opinião formada. Vou investigar...

terça-feira, maio 16, 2006

Greve, burocracia, Simplex... Estou confusa!!

Então nós que somos o país do Simplex vamos ter uma greve de não sei quantos dias dos CTT? É verdade? Mesmo? A sério? E eu que pensava que agora era tudo tão mais ágil, anh? Suponho que as greves (já sei, são um dos grandes direitos conquistados pelo 25 de Abril) não interfiram com o bom funcionamento dos serviços. Se bem que... bem... os CTT às vezes... Pronto, têm a desculpa de possuirem algum componente público e aí torna-se lógico que às vezes funcionem mal. Para dar um exemplo, enviei para o Funchal uma carta. Como era pesada (levava umas 10 folhas A4) a Sra. do balcão, gentilmente, aconselhou-me a enviar em correio verde visto que em correio azul (que eu ia usar) teria que pagar pelo acréscimo de peso que o envelope tinha. Tive o cuidado de perguntar se o correio verde tinha o mesmo tratamento que o azul em termos de prioridade visto que me interessava que a carta chegasse o mais depressa possível. "Sim, sra, o tratamento é idêntico ao do correio azul". Descansada da vida. Ou não... É que a carta não chegou no dia seguinte, nem o outro, nem no outro, nem no outro... nem nos que depois vieram. Pensámos (eu e o destinatário) que a carta tinha sido perdida. Era a única explicação. Mas não. A carta não foi extraviada. Ela demorou quase três semanas a chegar mas não se perdeu. Isso sim seria grave: perder-se. Agora demorar três semanas... Isso não é nada. Há quem envie dinheiro para África e ele nunca lá chega. Isso sim é aborrecido. Agora esperar TRÊS semanas por uma carta. Isso são feijões contados, miudezas, pormenores, picunhices, minúcias, detalhes, insignificâncias, ninharias, futilidades. É mesmo irrelevante (por isso mereceu um post).

Agora fora de brincadeiras:
Li hoje que o programa de marcação de consultas via Internet no Hospital de Sta Maria está a ser bem sucedido. É um facto que nem todos têm acesso ao sistema e muitos não o sabem utilizar mas se a forma tradicional de marcação for descongestionada pelo uso da net, os info-excluídos :P podem usar o sistema que sempre usaram de forma mais rápida e eficaz. Viva o Simplex!!!

sexta-feira, abril 28, 2006

sábado, abril 08, 2006

Burocracia by Visão

Quem não compreende este senhor? Quem não sabe o que ele está a sentir? Quem nunca sentiu uma imensa necessidade de usar um palavrão ao ser atendido numa qualquer repartição pública? Quem? Quem, digam-me?!

Quem nunca usou um casaco amarelo com uma gravata verde?
Esqueçam... deixei-me levar.

quarta-feira, abril 05, 2006

Sabedoria Oriental

"Se tem remédio, porque te queixas? Se não tem remédio, porque te queixas?"

Pedro Rolo Duarte ensinou-me hoje, no comboio, este provérbio chinês. Achei que o devia partilhar porque acho que é perfeito para nós portugueses (sempre com queixas por tudo e por nada).

terça-feira, abril 04, 2006

E tudo o ventou levou...

Alguém me diz para que raio serve o vento?
Sim, também estive nas aulinhas da primeira classe. Também me lembro da história sobre o importante papel do vento que transporta sementes na primavera permitindo a germinação de lindas plantinhas em zonas áridas...
E?
Só isso justifica os perigos, males e horrores (aqui saliento horrores) do vento? Não me parece.
O vento serve para uma de quatro ou cinco coisas: partir guarda-chuvas naqueles dias- cinzentos-em-que-não-basta-o-castigo-de-um-dilúvio-ainda-por-cima-está-um-vento-do-caraças; Mostrar as pernocas das senhoras levantando as saias (o que à excepção do episódio Marylin Monroe não tem piadinha nenhuma); Despentear os penteados; Fechar as pontes sobre o Tejo por razões de segurança; e fazer a Kate Moss levantar voo.

No sítio onde estou hoje (altamente secreto) está um sol lindo, uma temperatura agradável e um vento do caraças.
Exercício: o que é que está mal na frase anterior?

Até que me provem estar a ser injusta, apresento uma moção de censura ao vento.

segunda-feira, março 27, 2006

Vírus...

Depois de dois dias no Porto e dois na Figueira da Foz ( tudo a trabalho) estou de regresso a casa. Tudo óptimo não fosse a suspeita que carrego comigo. A suspeita de que, entre meias, pentes e cremes de rosto, trouxe na bagagem um vírus.
Na Figueira anda um vírus à solta. Ataca sistemas digestivos mais sensíveis e provoca mau-estar, febre, vómitos e diarreira :
Por enquanto estou na fase do mau-estar... Espero ficar por aí!

Se passarem por mim na rua não se aproximem! Para quem não me conhece, e por uma questão de prevenção, sou a rapariga que dá dois passos e se agarra à barriga contorcendo-se com dores :)

quarta-feira, março 22, 2006

Eu e Saramago

Acabei de ler na semana passada o livro Intermitências da Morte, de Saramago.
Confesso que não sou fã do nosso prémio Nobel. Tenho mesmo alguns problemas com o seu estilo de escrita. Lembro-me que no oitavo ano tive que ler o Envagelho Segundo Jesus Cristo e que odiei. Para dizer a verdade já não me lembro de ABSOLUTAMENTE nada sobre o livro mas lembro-me, e bem, que na altura aquilo foi para mim um suplício. Talvez não tivesse maturidade para o ler... Não sei.
Depois, aqui há uns quatro anos ofereceram-me a História do Cerco de Lisboa. Comecei mas não acabei. Não consegui.
E há dois anos li o Todos os Nomes. Deste já gostei mais. Achei a história muito interessante e foi isso que me fez lê-lo todo e não propriamente a escrita de Saramago.
E eis que, mesmo com todos os problemas que tenho ao ler Saramago, resolvi ler o Intermitências da Morte. Primeiro porque achei a ideia do livro super interessante: Como é que seria a nossa vidinha se, de repente, as pessoas deixassem de morrer? E depois porque se falava tanto sobre o livro que me despertou a curiosidade.
E li-o. Ao princípio debati-me com o choque que é voltar a pegar num livro de Saramago e encontrar aquela narrativa longa, pesada, sem pausas...Mas depois de me ter (re)habituado... foi a loucura! :)
É que adorei o livro. Para já a história. Faz-nos pensar que há males que existem para evitar "piores" e a forma como o caos que se segue à inexistência de morte é descrita... é muito realista. E crítica. E depois, e isso é que adorei neste livro, é que, apesar das frases de DUAS páginas, Saramago descreve certas situações de uma maneira tão fantástica que começamos a visualizar uma situação, impossível de acontecer, de forma tão realista que faz até impressão. Que um autor nos consiga fazer visualizar algo de forma quase física é extraordinário. Agora, quando isso acontece em relação a uma realidade não existente...
A sério, o livro tem passagens deliciosas. Palavras escolhidas (vê-se bem) com precisão extrema. Tinha que ser aquela palavra. Um sinónimo não servia. Não teria o mesmo efeito.

Portanto já sabem... Leiam!
E se for preciso eu empresto, que isto dos livros é mesmo para isso que servem: para ficarem velhos de tanto serem emprestados :)

Agora estou sem leitura. Tenho um livro de sudoku que me tem acompanhado nas viagens de comboio. Alguém tem sugestões?

quinta-feira, março 02, 2006

Post instrutivo

Estou a fazer um trabalho sobre AVC's. Vejam lá a minha vida...
Ao menos está a servir para aumentar a minha cultura geral. É que isto dos Acidentes Vasculares Cerebrais tem muito que se lhe diga...
Fiquei a saber que os AVC's podem ser isquémicos, quando o bloqueio de um vaso sanguíneo ou de um artéria impede a corrente sanguínea de atingir o cérebro, ou hemorrágicos, quando existe uma ruptura do vaso sanguíneo provocando um derrame. Nos dois casos é uma grande chatice porque pelos vistos precisamos mesmo que o sangue circule. É o que dizem... E se isso não acontecer corremos o risco de que as células privadas do sangue e de tudo o que ele transporta morram. O que também é uma chatice porque me lembro muito bem da Professora Amélia, minha instrutora primária, me dizer que as células cerebrais não se renovam... Depois de mortas nada a fazer... (Isso explica muita coisa...)

Mas há mais... Existem factores de risco modificáveis (hipertensão, diabetes, colesterol, doenças cardíacas, obesidade, sedentarismo, tabaco e álcool em excesso) e não modificáveis (idade, sexo, raça, genética e antecedentes familiares).
Depois desta última parte fiz a minha leitura: ok, podemos tentar evitar ficar com a famosa boca ao lado deixando de fumar, fazendo exercício, não bebendo... mas o risco continuará a aumentar com a idade, os homens continuam a ser mais afectados,tal como a raça negra, e se estiver escrito na nossa genética que vamos ter um AVC.... não temos hipótese. Hum... Dá que pensar.

Mas a parte mais interessante e até mais importante para quem quer que seja que tenha chegado até esta linha é a identificação dos sintomas. Ou seja, estejam atentos porque se um amigo estiver nas seguintes circunstâncias ele está a ter um AVC e não a ser idiota:
-fraqueza ou adormecimento de um membro ou de um lado do corpo;
-formigueiro de um lado do corpo ou de um membro;
-dificuldade de movimentação, tonturas ou perda de coordenação e de balanço;
- alteração da linguagem (dificuldades na fala) e incapacidade de compreensão (não conseguir entender o que é dito);
- Perda de visão num olho ou em ambos;
- Dor de cabeça súbita, seguida de vómitos, sonolência ou coma;
- Perda de memória, confusão mental e dificuldades para executar tarefas habituais.

Dizem os entendidos que na presença destes sintomas devemos ligar imediatamente para as emergências. O problema é se é falso alarme. Está bem que se um amigo nosso entrar em coma, é fácil de perceber que não estará muito bem. Mas há outros sintomas mais dificeis de distinguir. A alteração na linguagem, pr exemplo. Quem é que nunca ouviu um amigo falar de maneira enrolada depois de um copito a mais?Ah pois é. O que é que se faz nesta altura? Corre-se o risco, "ah... isto é do vinho". E se não for? Pois...
E a incapacidade de compreensão? Já foram aos correios, às finanças? Eu normalmente apanho sempre alguém com manifesta dificuldade em me compreender. A partir de agora sempre que me dirigir a uma repartição pública vou estar em constante agonia: "é um sintoma de AVC ou estupidez?"
Tudo isto é muito complexo...
Eu cá acho que às vezes mais vale ficar na ignorância. Assim não corremos o risco de chamar uma ambulância pensando que o nosso amigo está a ter um AVC quando de facto ele não vê de um olho porque acabou de lá enfiar um dedo.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Muda de vida :)

Tenho dois amigos numa situação muito semelhante. Ambos começaram a perceber que o local onde trabalhavam lhes fazia mal. Ambos com patrões insensíveis, completamente ignorantes no conceito de gestão de uma empresa (quando pessoas sem formação - e não falo só de formação académica, falo de valores - assumem a liderança caem no erro de pensar que para o sucesso da empresa basta compreender o números. Como se eles surgissem por acaso, como se os números não fossem resultado do trabalho de PESSOAS).
Os problemas de trabalho começaram a tornar-se problemas pessoais. É impossível sair do trabalho e esquecer o que lá se passa. Acho que acontece com toda a gente. Sobretudo quando as nossas qualidades como profissionais são postas em causa por pessoas que, diga-se de passagem, nestes dois casos, não têm qualquer legitimidade para o fazer.
E pronto. Duas pessoas tristes com o rumo da sua vida profissional que começaram a perceber que a motivação para fazer o trabalho de que gostavam começava a desaparecer.
Também acho que acontece com toda a gente, nestas situações, ter medo de arriscar, de mandar tudo ao ar. Vivemos todos acomodados. Queremos um emprego estável - e nos dias de hoje isso é coisa rara - e lá vamos aguentando um patrão incompetente que nos faz a vida negra.

É por isto mesmo que admiro muito estas duas pessoas. Mesmo com medo de arriscar, decidiram os dois que mereciam melhor. Um deles já bateu com a porta, o outro (outra, neste caso) vai fazê-lo em breve. Acho que é uma lição...

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

De perto ninguém é normal

Esta é uma frase que uso frequentemente. E por mais simplista que possa parecer, creio que é uma das maiores verdades desta vida.
Mesmo os mais certinhos, aqueles que fazem tudo bem e na hora ideal (aliás, sobretudo esses) têm grandes pancadas quando os conhecemos realmente. Não deve ser por acaso que os maiores psicopatas são socialmente considerados seres humanos exemplares, cumpridores e responsáveis.
Acho que o problema aqui é de proximidade. Isto é, a distância a que estamos de alguém faz-nos criar uma imagem que, em regra geral, deturpa a realidade. E se isso tanto acontece quando estamos muito longe como quando estamos muito perto. Por um lado, quando aquilo que sabemos de alguém é baseado em ideias que formamos à distância, o mais certo é estarmos errados e falharmos por completo a leitura da outra pessoa. Mas por outro, também é verdade que o facto de estarmos muito próximos de alguém, de gostarmos dessa pessoa, de a conhecermos bem, nos induz em erro. Damos connosco e ver somente o lado bom e é preciso dar um passo atrás para percebemos que a imagem está agora totalmente desfocada.

Às vezes é um choque. Mas acho que quando vale mesmo a pena, voltamos a acertar o foco e, vendo então defeitos e qualidades, tudo faz sentido.

Já me aconteceu algumas vezes perceber que estava demasiado próxima de alguém para perceber quem era realmente - como quando encostamos uma caneta mesmo, mesmo aos olhos e só vemos uma mancha. E também já me aconteceu dar o tal passo atrás, afastar-me, olhar com mais clareza e chegar à conclusão de que se tratava de um caso perdido. O curioso é que numa dessas situações optei por me afastar da pessoa e acho que ela nem percebeu. Se calhar ainda não me focou como deve ser :) Vamos ver quando descobre...

terça-feira, janeiro 31, 2006

A Neide

Recebi o texto que se segue por e-mail, vindo da minha amiga Dolores. Confesso que não dei por nada. Às vezes ausento-me do país (e do mundo!) e quando regresso à realidade escapam-me estas coisas... Ainda bem que tenho uma alentejana à maneira que me envia mails interessantes:


"O episódio passou despercebido à maioria do pessoal,
mas o Porco é bicho que gosta de remoer as coisas, pelo que aqui vai a
epopeia da Neide com bacalhau e tudo.

A Neide é uma brasileira que estava sossegada a servir às mesas do restaurante Sr Bacalhau do
Colombo em Lisboa. Ao tasco, ia lá almoçar amiúde, o Sr Dr Ernesto Moreira, Director do Departamento de Administração Geral do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça, ufa! O nosso Ernesto engraçou com a Neide do Bacalhau, e mais bacalhauzada menos bacalhauzada, o bom do Ernesto viu que por ali a Neide era mal empregada. Avaliou aquilo de alto a baixo, e zás, concluiu que faltava neide no património do Estado Português.

E se bem a mastigou, melhor a engoliu.
Sugeriu à Neide um lugarzito, mandou-a concorrer e seleccionou-a. A Neide foi então"Requisitada pelo Estado" por despacho estatal e publicado em diário da república, sem qualquer concurso público, que foi dispensado, dada a urgência e supremo interesse que o Estado tinha na Neide. A nossa Neide saltou assim do bacalhauzito para "Coordenadora do Departamento de Logística do Depósito Público de Vila Franca de Xira" com 1700 mocas
por mês (340 contitos, mais regalias).

O Independente achou piada à dispensa do concurso e foi ver da Neide. E chapou com a Neide
na primeira página de há 15 dias atrás. Foi um gozo. Eu que ia em viagem de carro ouvi o desenrolar de tudo pela rádio, em noticiários sucessivos. Um delírio puro, só não me despistei de tanto rir por mero acaso. É que os jornalistas foram ouvir o Sr Dr Ernesto Moreira, que falava do supremo interesse do Estado pela Neide e explicava juridicamente a necessidade do regime de requisição e mais, redundou que era a candidata com melhores habilitações e que tinha a experiência profissional da logística dos seis restaurantes Sr Bacalhau. A rádio deslargou-o e telefonou à gerência do Sr Bacalhau. Que não, que Logística não serviam, a especialidade deles era mesmo bacalhau, cujos tascos era independentes e que a Neide era uma boa empregada de mesa sim senhores. Voltaram ao Ernesto. O Ernesto falou de uma licenciatura em Geografia e balbuciava qualquer coisa sobre Vila Franca de Xira. Depois teve o bom senso de se calar. Istotudo de manhã. À tarde o Ernesto ia à vida, o Presidente do IGFPJ idem aspas aspas, mais um ou dois responsáveis e a Neide. O Sócrates, acossado, mandou tudo pró olho da rua, logo na tarde da Sexta em que saiu a noticia.

Nós deviamos candidatar-nos ao Guiness
mostrando ao Mundo que podemos estar sempre a bater no fundo! O fundo em
Portugal não tem limites!"

Gostaram? Achei um piadão. Desculpem lá... provavelmente já conheciam a história.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Alma Portuguesa

Alguém viu o Prós e Contras desta semana? Eu vi. Não vi desde o princípio (nem até ao fim) e não sei ao certo qual o tema mas falava-se sobre Alma Portuguesa, sobre isto de ser português.
Adorei!! E adorei porque me revi em tantos dos comentários que foram feitos que foi até estranho. Fartei-me de dizer baixinho: "É que é mesmo assim".
A história de sermos saloios não é novidade para ninguém. Somos pequeninos - como diz o Bruno Nogueira vivemos no Portugal dos Pequeninos -, mas isso não tem que ser mau. Mau é sermos pequeninos, não termos vontade de crescer mas termos a MANIA que somos grandes. Se ao menos a mania adviesse de coisas com proveito. Qual quê? Temos a mania porque, como alguém dizia no debate, construímos a Ponte Vasco da Gama e o primeiro comentário foi: "É a segunda MAIOR ponte da Europa". Fantástico! O desenvolvimento mede-se por tonelada-de-betão-ondulante-e-suspenso-por-pilares-sobre-reserva natural do estuário do Tejo.
Já para não falar na MAIOR árvore de Natal da Europa. Linda que só visto!! Uma árvore metálica (!) que custa balúrdios a ser mantida (género central eléctrica) quando ali ao lado, nas velhinhas casas da Baixa, muitos idosos estão às escuras porque não tiveram dinheiro para a conta da luz. Faz-se a maior àrvore da Europa para disfarçar os verdadeiros problemas e fazer a população esquecer que os passes sociais aumentaram novamente, que um garrafa de gás custa quase vinte euros e que o preço do pão vai subir e nós.... nós caímos que nem patinhos!! C'a fixe: temos a maior árvore de Natal da Europa!! UHUHUHUH

E podíamos continuar para sempre. Não é à toa que somos dos países com mais recordes do Guiness (ele é bolo rei, pão com chouriço, salame, pais natais...)

Não me interpretem mal. Adoro o nosso país. Mas não pela Ponte e muito menos pelos recordes do Guiness. É porque temos história e podemos fazer história. É porque o Minho é lindo e o Alentejo extraordinário. Porque somos calorosos e sabemos receber. Porque quando vamos lá para fora somos considerados bons trabalhadores (mas só lá fora). Porque estamos à beira mar plantados e adoro do mar. Porque temos produtos regionais fantásticos que (neste momento são explorados por estrangeiros a viver em Portugal). Temos tanta coisa boa mas parece que só olhamos para o que menos importância tem.

Tenho esperança que um dia deixemos de ser conhecidos pelos números de morte nas estradas, pelo hábito de cuspir para o chão, pela unhaca no dedo mindinho ou pelos recordes do Guiness.

sábado, janeiro 14, 2006

Deficientes em Portugal: 99,9%

Nunca me tinha apercebido de como havia tantos deficientes motores em Portugal. Nunca, até aparecer o fenómeno centro comercial e eu começar a frequentar estes espaços. Foi aí que me apercebi que os lugares reservados a deficientes, o mais perto possível das portas de acesso, estão SEMPRE ocupados. Mas sempre!!! Curiosamente, são poucos os carros que os ocupam tendo o dístico de identificação. Porque será?...

Bem, dirão alguns, também não podemos ser radicais. Aqueles lugares tãããão espaçosos dão muito jeito às dondocas que chegam cheias de sacos. E claro, a malta nova, tão atarefada que é, não pode de maneira nenhuma perder tempo a procurar um lugar e ainda por cima aqueles são mesmo ali!!! Os das cadeiras de rodas que procurem, afinal eles até deslizam. É muito mais fácil para eles.

Devo dizer, correndo o risco de tornar isto pessoal, que tenho um primo paraplégico e se me revolta ver o estacionamento reservado a deficientes em situações normais, mais me revolta quando vou com ele no carro e, depois de verificarmos que não há lugares e estacionarmos longe, ele NÃO CONSEGUE SAIR DO CARRO por falta de espaço.
Porque é tão simples como isto.

Já vos disse que às vezes odeio Portugal?

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Quem é que é mais Deus?

Sem saber, Ariel Sharon está a dar um forte contributo para o esclarecimento dos historiadores religiosos em particular, e da comunidade fanático-crente em geral. É que vejam bem: O senhor sofre vários derrames cerebrais. É induzido em coma. As sequelas são ainda uma dúvida.

Seria de pensar que esta aldeia global em que vivemos estivesse a pensar: "Que consequências poderá ter o afastamento de Ariel Sharon nas relações israelo-árabes?". Era lógico... Pois, mas não! Não é essa a verdadeira discussão que o problema de saúde de Sharon acarreta.
A questão que neste momento corroi a comunidade internacional é: AFINAL QUEM É MAIS DEUS?! É que com metade do planeta a rezar pela morte do senhor e outra metade pela sua recuperação, e tendo em conta que rezam a diferentes (e rivais, seria de esperar) "DEUS"... bem... é uma situação complicada. Mas também será elucidativa. Quando tudo isto acabar vamos finalmente saber que Deus é que manda aqui no estaminé. E aí... aí nada será como dantes. Reparem: vai ser a maior prova de força do Deus ganhador. Os outros não terão hipóteses e acaba-se a liberdade religiosa. É um e mai nada!!!

Eu, pessoalmente, mal posso esperar por saber quem é que é mais Deus.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Há vida em Markl...

Se eu soubesse fazer links, esta era uma boa oportunidade para demonstrar as minhas capacidades mas não sei. Ainda...
Portanto, e como alternativa, o velho copy paste apresenta-se diante de vós.

Tirei o texto da página do Nuno Markl cuja criatividade admiro assim... acima de tudo! Especialmente quando o tema são os nossos vizinhos intergalácticos.
Aqui está:


"Outro dia eu falava com um amigo meu sobre a possibilidade de haver vida extraterrestre. Ele concordava comigo num ponto: de facto, num universo tão grande, é um pensamento egoísta o de acharmos que estamos sozinhos. Mas ele dizia: “Isso é verdade, sim senhor – mas não achas por outro lado que, se eles existissem e se fossem tão avançados como se diz que são, já cá tinham vindo, já tinham aparecido? E não é aparecer no sentido de… OLHA, UM OVNI… OLHA, FOI-SE EMBORA. Não – é no sentido de ‘olá, pessoal, tudo bem? Cá estamos. Não se arranja uma sande de torresmos e uma mine?”.
Eu respondi-lhe que uma coisa não tinha a ver com a outra. Os extraterrestres ainda não vieram cá, pela simples razão de que ninguém, NINGUÉM no seu perfeito juízo – e sobretudo se for mais avançado que nós – NINGUÉM VEM CÁ. Fazer o quê? Isto é um sítio perigoso. A sério, o Planeta Terra é um bocado a Cova da Moura do Universo. É o tipo de sítio que faz com que os extraterrestres pais digam aos filhos “não vás brincar para aquele sítio que ainda te aleijas, Zarkov Miguel!”
Portanto a minha ideia sobre eles é esta: eles existem, são mais avançados que nós – mas não esperem que eles cá apareçam. Porquê? Já disse: porque são mais avançados que nós. Ou seja, não são parvos. Eu acho que eles devem visitar os planetas uns dos outros, possivelmente até se organizam grandes festanças algures no universo – festas para as coisas nós nunca somos convidados. Porque é que nunca somos convidados? Pela mesma razão que quando nós fazemos a nossa festa de anos, não convidamos macacos. Conhecem alguém que vá à Aldeia dos Macacos, no Jardim Zoológico, dizer “pá, pessoal, estão todos convidados para a minha festa, que é esta noite na Kapital”?
Eu não conheço. Vocês também não.Mas essa é que é essa. O nosso papel no Universo é o do tipo que fica de fora da discoteca porque não é suficientemente bonito ou bem vestido para entrar.Posso não perceber nada de astronomia, mas no que toca a ficar pendurado à porta de discotecas cujos nomes começam por K – aí eu sou praticamente doutorado, meus amigos"

terça-feira, janeiro 03, 2006

Morreu...

Morrer aos 57 é mt cedo. Tanta coisa por fazer, tanta risada por dar, tanta lágrima para rolar... e se atendermos a que somos portugueses: tanto papel para mandar para o chão, tanta buzinadela para dar no trânsito, tanta unhaca do dedo mindinho para deixar crescer...
A verdade é que se morrermos aos 99, aos 110, aos 200... vai continuar a haver tanta coisa por fazer...

Seja cm for, e tendo ou não feito tudo o que queria, foi aos 57 que morreu Cáceres Monteiro. Habituei-me a ouvir falar mt dele durante o tempo de faculdade. Não sei nd do sr. que não tenha a ver com o percurso profissional mas ainda assim fiquei triste (não sei se é a palavra certa mas não me passou ao lado).

O que eu não dava para ser uma excêntrica...

O Euromilhões. Ora aí está uma excelente ideia para as resoluções que fazemos no início do ano. Pois eu, em 2006, quero ganhar o euromilhões. É nestas alturas em que daria tudo para não ser quase bruxa mas BRUXA mesmo. Já viram bem? Acho que agora são 81 milhões... 81...
Bem, nem sei o que fazia. Acho que ng sabe. Só sei que dividia em três: uma parte para os meus pais, outra para o meu irmão e outra para mim e para o meu anjo. Isso é que era...

Vou mas é começar a pensar no que fazer com o dinheiro porque levo muito a sério as resoluções de ano novo....

81 milhões...