quinta-feira, junho 08, 2006

Educação a mais

Vi ontem na edição on-line do Público que o Estado pretende congelar o número de vagas no ensino superior público (à excepção de Medicina e Enfermagem) e cancelar o apoio a cursos pouco frequentados. Parece que o nosso Governo está preocupado com o desequilíbrio criado pelo excesso de licenciados face às necessidades e condições económicas actuais do país. Ao mesmo tempo evita, como dizia a notícia, "desperdícios".

É pá... parece legítimo. Eu também sou da opinião que temos demasiados licenciados e poucos técnicos, que é absurdo (e um negócio) que uma faculdade (só uma) licencie por ano 500 advogados, por exemplo, ou que outra aceite alguém com média negativa...

Mas depois começo a pensar: Então e o ensino superior privado?! Pois... não havia qualquer referência ao ensino privado. Como se os licenciados pelo ensino privado não contassem para engrossar a lista de jovens de canudo numa mão e classificados na outra.

E é aí que se faz luz na minha lenta cabecinha. Mas qual preocupação com equilíbrios ou desiquilíbrios no mercado?! O problema é de orçamento. Mais um corte, basicamente. E não digo que seja correcto ou incorrecto. Mas não é assumido nas suas verdadeiras intenções e além disso é parcial. De certeza que o poder do ministério da educação face às universidades privadas não se resume à aprovação de currículos lectivos... Se elas existem, se dão as mesmas garantias (a um preço mais alto) aos alunos, por que motivo não devem fazer parte desta medida?

Eu não sei. Mas gostava de saber.

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