Ouvi-te à primeira.
Escusas de repetir.
Porque ignoras que simplesmente escolho não fazer o que dizes?
Ouvi-te bem. Clara e correctamente.
Não precisas inundar a minha cabeça com o teu eco não deixando que nada mais ocupe o meu pensamento.
Sei o que dizes. De cor. E só não salteado porque por ordem deve ser dito.
Ouvi-te bem e à primeira.
Mas é a da minha vontade que surge a decisão de te ignorar. Talvez na inocência de alguém que acredita que pertence a si a sua própria vida.
Enquanto a lição não aprendo, a história repito. E enquanto me gritas aos ouvidos, ignorando prossigo. Até ao ponto em que habituada ao barulho, da tua boca só o movimento vejo, como se a um filme mudo assistisse.
2 comentários:
Sem assunção identitária, jamais haverá autenticidade na entrega aos doces nós da palavra "Nós".
Verdade.
No entanto, o nós que aqui lês não é fruto de um tu e eu e antes de eu e eu. E é aqui que os nós deste nós se tornam tão difíceis de desatar.
:)
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