Pensavas que era fácil?
Ir embora e não olhar para trás? Ficar por perto e não olhar em frente?
Nem uma coisa nem outra.
Agora estás num impasse. Numa encruzilhada. A tua primeira, calculo - tal te poupou a vida.
Daí pensares ser fácil.
Porque é da paixão que a nasce a alegria mas também a dor. E quem não ama... pois claro, não sofre.
Agora amas. Mas não fazias ideia. Julgavas que sim. E a vida, que tanto gosta de connosco brincar, mostrou-te que não.
Bem sei que não estás habituado a aprender. Custa. Dói. Mas pela primeira vez não ditas regras. E quanto mais lutas contra o que sentes, mais te afundas na dor.
Tanta certeza, tanta segurança, tanta força. E agora? De nada valem. Porque só agora, só neste momento, estás a viver pela primeira vez: a sentir pela primeira vez.
Pensavas que era fácil...
Porque estavas dormente. Porque aquilo que consideravas que era viver era afinal... existir apenas.
Quando traçamos uma linha recta com a convicção de a seguir sem desvios... somos a vítima perfeita do destino que, curva após curva, nos conduz para longe do que tantas vezes julgámos certo e correcto.
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