sábado, abril 22, 2017

Bebo, saboreio e sinto

Um chá. Frutado e doce. Quente, muito quente, mexido com pau de canela, bebido lenta e cuidadosamente.
Um chá. Preparado ao acaso. Bebido sem fazer caso. E através da pele, podia jurar que se via, gota a gota, gole a gole, a água quente a descer pela garganta.
Um chá. Numa tarde de Primavera. A primeira naquela história, a última naquele encontro.
Um chá. Oferecido mas roubado. O copo cheio, a alma vazia. E o coração ansioso.

Um chá hoje. E depois e depois. E depois… já não.

Sem comentários: